Câncer de Mama: Entenda o Diagnóstico, Estadiamento e Opções de Tratamento

CÂNCER DE MAMA

Marina Bachmann Guimarães

10/5/20252 min read

O que é câncer de mama?

O câncer de mama é considerado "invasivo" quando as células cancerígenas ultrapassam os ductos ou lobos da mama e invadem o tecido mamário ao redor. Isso significa que o tumor tem potencial para se espalhar para outras regiões do corpo (metástases), ao contrário do carcinoma in situ, que é confinado.

Os dois tipos mais comuns são:

  • Carcinoma ductal invasivo (CDI): origem nos ductos mamários.

  • Carcinoma lobular invasivo (CLI): origem nos lobos mamários.


Sintomas e sinais de alerta

Nem todo câncer de mama causa sintomas, mas alguns sinais comuns incluem:

  • Nódulo fixo e indolor na mama ou axila

  • Mudanças na pele da mama (aspecto "casca de laranja")

  • Secreção pelo mamilo

  • Mudanças no formato ou tamanho da mama

A detecção precoce através da mamografia é fundamental para o sucesso do tratamento.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico do câncer de mama invasivo é confirmado por meio de:

  • Bópsia: retirada de uma amostra do tecido para análise

  • Exames de imagem: mamografia, ultrassom, ressonância

  • Avaliação de receptores hormonais: estrógeno, progesterona e HER2, que ajudam a definir o tipo do tumor e a melhor conduta terapêutica

Estadiamento do câncer de mama

O estadiamento (classificação TNM) é uma etapa essencial para determinar a extensão do tumor e orientar o tratamento. Leva em consideração:

  • T: tamanho do tumor primário

  • N: envolvimento de linfonodos (gânglios)

  • M: presença de metástases à distância

O estágio varia de I (inicial) a IV (metastático).

Tratamentos para câncer de mama invasivo

O tratamento é sempre individualizado, baseado nas características do tumor e no perfil da paciente. As opções incluem:

  • Cirurgia: conservadora (retirada do tumor) ou mastectomia (retirada da mama)

  • Quimioterapia: sistêmica, usada antes (neoadjuvante) ou depois da cirurgia (adjuvante)

  • Radioterapia: aplicada na mama ou axila para reduzir o risco de recidiva

  • Hormonioterapia: para tumores hormônio-dependentes

  • Terapias-alvo: como anti-HER2 para pacientes com superexpressão da proteína HER2

  • Imunoterapia: em casos selecionados

A importância da decisão compartilhada

Cada mulher vive o diagnóstico de forma única. Por isso, é essencial que as decisões sobre o tratamento sejam feitas com base na confiança, escuta e compreensão múltipla. O papel do oncologista é orientar com clareza e oferecer um plano terapêutico baseado nas melhores evidências, respeitando os valores e preferências da paciente.

Qualidade de vida e acompanhamento

O cuidado com a paciente vai além do tratamento do tumor. Envolve o controle de sintomas, suporte emocional, reabilitação, e seguimento para prevenção de recidivas e novos cânceres. A medicina moderna valoriza vida longa com qualidade.

Se você ou alguém próximo receber esse diagnóstico, agende uma consulta e converse com calma com seu médico para entender todas as opções e construir um plano seguro, acolhedor e baseado na melhor evidência disponível.

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